A microscopia contribuiu enormemente para o progresso do conhecimento e mudança de paradigmas na ciência. O microscópio ótico surgiu juntamente com o telescópio no século XVII, num contexto histórico de avanço científico e intelectual.
O microscópio foi inventado por Antony van Leeuwenhoek (1632 – 1713), aprimorado por Giovanni Faber em 1625 e por Hooke em 1665. Os microscópios de Leeuwenhoek eram feitos individualmente para a observação de cada amostra e eram capazes de aumentar em até 300 vezes. Já os de Hooke foram considerados os protótipos dos microscópios modernos, não só por sua construção, mas também pelas micrografias produzidas para artigos científicos da época.
Cuff, em 1744, inovou o equipamento ao introduzir a platina para amostra, espelhos para luz transmitida e refletida, regulador de foco por parafuso. Passou, ainda, a usar o metal, ao invés do couro e da madeira, para confeccionar o aparelho. Os microscópios dos séculos XIX e XX tiveram suas partes mecânicas aprimoradas, sobretudo na fabricação das lentes, o que contribuiu para evitar os problemas de aberrações cromáticas.
Microscópio Ótico x Microscópio Eletrônico
O microscópio ótico é indispensável para entendermos os mecanismos de formação das rochas e seus constituintes. Com esse equipamento, é possível analisar propriedades microestruturais, óticas, estruturas deformacionais e, também, definir bordas de grãos e subgrãos. O poder de ampliação do microscópio ótico pode atingir até 1000 X. Para ampliações superiores, recorre-se ao microscópio eletrônico.